segunda-feira, 22 de junho de 2009

"EDUCAÇÃO NÃO É PRIVILÉGIO!'

Discurso feito na Tribuna Popular da Câmara Municipal de Vereadores de Barreiras -Bahia, no dia 03 de junho de 2009.



Nestes dias em que nós estudantes saímos em defesa da UNEB e exigimos a garantia de nossos direitos gostaria de lembrar da frase do grande educador baiano Anísio Teixeira que dizia: “Educação não é privilégio”
E é porque educação não é privilégio que a comunidade acadêmica da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Departamento de Ciências Humanas- DCH, Campus IX, Barreiras-Bahia sai uma vez mais em defesa da universidade pública!Nós que fazemos parte da UNEB saímos com renovado vigor em defesa da UNEB, porque educação não e não pode ser privilégio!
Educação não e não pode ser privilégio, porque privilégio não é para muitos e menos ainda para todas (os). Não é justo e muito menos humano que dentro de um mesmo espaço seja ele qual for, algumas (uns) tenham aula e outras (os) não tenham, porque não tem professoras (es) ou sala de aula. Educação não e não pode ser privilégio, porque educação é um direito de todas (os) e é por isso que lutamos.
Se tivermos aprendido que “educação não é privilégio”, não permitiremos que essa situação calamitosa, crucial, de crise, abandono e sucateamento prossiga até 2011.

Resistência do Governo do Estado



O Governo do Estado da Bahia vem demonstrando a sua insensibilidade, insensatez, negligência e indiferença no que diz respeito a atender as reivindicações estudantis. Desde a eleição do governador Jacques Wagner o Movimento Estudantil (ME) da UNEB, DCH, Campus IX, Barreiras-Bahia, já entregou pauta de reivindicações a diversas autoridades do governo como: secretário de Educação, Governador, Diretor da 25ª DIREC e também ao Reitor da UNEB, Pró-Reitora de Extensão, Diretor do DCH-Campus IX (Barreiras-Bahia) e deputados. Isso sem falar das diversas reuniões, encontros e debates que o ME da UNEB, DCH, Campus IX, Barreiras-Bahia, já participou apresentando os problemas da UNEB. É necessário dizer que a Associação dos Docentes das quatro Universidades Estaduais Baianas (UEBA’s) entre elas a Associação de Docentes da UNEB – ADUNEB também já entregaram várias pautas de reivindicações. Recentemente as/os estudantes de Caetité, Bom Jesus da Lapa e Guanambi, que se intitularam de Movimento Estudantil do Alto Sertão – MEAS paralisaram as atividades de seus respectivo campi/departamento por mais de 2 (dois) meses. Nesse processo de paralisação discente, várias pautas de reivindicações estudantis foram entregues a várias autoridades do governo, a reitor e pró-reitores da UNEB. Sem falar também nas diversas audiências, encontros e debates onde novamente foram apresentados os problemas da UNEB.
Tudo isso acima descrito, serve para comprovar o quão resistente o governo que se diz ser “de todos nós” tem se manifestado em atender as reivindicações estudantis em favor das UEBA’s, especialmente da UNEB, diante dessa situação calamitosa, crucial, de crise, abandono e sucateamento.
Não satisfeito em virar às costas à UNEB, o governador acusa as/os estudantes de não buscarem o diálogo. Ora, como as/os estudantes da UNEB vão dialogar com ele se o mesmo quando vem a Barreiras vai dialogar com a Universidade Federal da Bahia. Foi isso que ele fez no ano de 2008, ano em que a UNEB completou 25 anos de presença na Bahia. Não sei por qual motivo o Governador do Estado veio a Barreiras e ao invés de visitar a “sua” Universidade foi para Universidade Federal da Bahia. Até hoje não sei qual o nexo, a relação ou a coesão do Governador do Estado da Bahia com a Universidade Federal da Bahia. Não sei se lê foi liberar algum recurso para a Universidade Federal da Bahia ou se ele veio trazer algum recado de Lula. O fato é, que destemidos, valorosos, combativos e corajosos estudantes da UNEB, acho que não era nem dez estudantes lá estiverem. Pois, afinal de contas aonde o governador vai, o protesto, o repúdio, a repulsa, as vaias e a indignação vai atrás. As obras ele não trás, mas a insatisfação do povo essa sim! Nesse referido dia entregamos mais uma pauta de reivindicação a ele e dissemos: “Nos vinte e cinco anos da UNEB, a UNEB quer de presente cinco minutos do governador.” Não foi concedido nem um minutinho sequer.

O esconderijo do governador

Um interessante histórico da resistência em atender as reivindicações estudantis e um sinal evidente de que ele não pretende atender as reivindicações estudantis é dado nas entrevistas que ele concede à imprensa. Depois de quase três anos de gestão, o governador agora se esconde na falaciosa e midiática crise econômica para não atender as reivindicações estudantis. Crise econômica que não existe. Existe sim a crise do capitalismo em decorrência da destruição ambiental que vem esgotando os recursos do planeta em nome da manutenção desse sistema.
O governador mente quando diz que não pode realizar concurso agora porque houve redução da arrecadação do estado. Como disse a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL) “Eu não posso deixar a minha memória refém da do governador”. Ora, como ele pode apresentar essa desculpa esfarrapada se nas ações dele ele não demonstra nenhuma preocupação com isso? Pois, perdoou a dívida das empresas telefônicas de mais de R$70 milhões de reais e recentemente perdoou a dívida dos agricultores que foram multados pelos órgãos ambientais aqui na nossa região. Ora, se ele não quer esse dinheiro todo, nós das UEBA’s especialmente da UNEB queremos!!! Aliás, a UNEB precisa desesperadamente desse dinheiro!
Ao se esconder na falaciosa e midiática crise econômica, para justificar o não atendimento das reivindicações estudantis, o governador revela que não sabe brincar de esconde-esconde. Pois, se esconde no pior esconderijo. Afinal de contas essa falaciosa e midiática crise econômica só têm corroborado e manifestado que o ESTADO é forte, poderoso, rico, eficaz e eficiente. Visto que é o ESTADO que tem “salvado” os bancos e as empresas com sua política de socorro aos pobres bancos e empresários. Já foram gastos no Brasil mais de R$150 bilhões de reais com esses pacotes de socorro. Enquanto que para o projeto de expansão do ensino superior no Brasil serão gastos até 2012 apenas R$ 2 bilhões de reais. “É ou não é piada de salão? Tem dinheiro para banqueiro, mas não tem para a educação!” o ESTADO tem que anunciar medida e pacotes para combater a AUTÊNTICA CRISE DA EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA PÚBLICA E INFRAESTRUTURA.

Convite


Em tempo convocamos a todas a somarem-se as/aos estudantes unebianas (os) em defesa da UNEB. O problema da UNEB é de todas (os) nós! Sobretudo do Governo do Estado que se diz ser de todos nós.
Há vinte e cinco anos a UNEB iniciou a sua missão inaugural de democratizar o acesso ao Ensino Superior através de sua interiorização. Contribuindo direta e efetivamente no desenvolvimento deste estado. Há vinte anos a UNEB contribui no desenvolvimento desta cidade bem como de toda a região oeste. O Departamento de Ciências Humanas - Campus IX – Barreiras, da Universidade do Estado da Bahia atende a toda região oeste, cidades dos estados do Piauí, Goiás e demais estados do Brasil, sendo por mais de vinte anos a única instituição de Ensino Superior Pública a prestar uma importante contribuição para o desenvolvimento dessa região nas mais diversas áreas. Por isso, as/os estudantes de Biologia, Letras, Agronomia e Pedagogia ao paralisarem as atividades discentes saem em defesa da UNEB para que a mesma possa continuar sua missão e oferecendo com muita presteza uma formação profissional qualificada referenciada nas lutas sociais. Sobretudo, e imprescindivelmente, uma formação humana, política, social e cultural.
Historicamente, a UNEB foi e ainda hoje é tratada como um verdadeiro palanque eleitoral. A sua interiorização e/ou expansão não ocorreu de forma responsável, planejada e adequada, muitas vezes foi feita de forma eleitoreira ou em cima de palanques para atender interesses sólidos de grupos políticos. Dessa forma muitos cursos foram criados sem o aumento do número de docentes, sem o aumento do orçamento real da UNEB e sem a adequação de suas instalações estruturais-físicas.
Historicamente, a UNEB vem sendo a grande prostituta do governo do estado. O governo vem, usa e abusa da UNEB e depois larga ela para lá.
No último ENADE a UNEB teve o melhor desempenho no Estado da Bahia. Imagine se o governo cumprisse com seu papel e fizesse a ela funcionar do jeito que deveria funcionar. O que não faríamos?

“Todo governo é fruto das pressões populares”


Para finalizar me dirijo as/aos minhas/meus companheiras (os) de lutas estudantis com a mensagem deste grande sociólogo e intelectual Florestan Fernades: “Ou os estudantes se identificam com o destino do seu povo, com ele sofrendo a mesma luta, ou se dissociam do seu povo, e nesse caso, serão aliados daqueles que exploram o povo” Por isso, estudantes da UNEB, de barreiras, da Bahia e do Brasil uni-vos!!! Por que nos separarmos se nossas lutas e sofrimentos são convergentes? Aquilo que nos une, - o fato de sermos estudantes - é muito maior do que aquilo que eventualmente poderia nos separar.
O grande Che Guevara já dizia: “Se você é capaz de tremer de indignação diante de uma injustiça cometida em qualquer parte do mundo, então somos companheiros”!!!
Quero dizer também que: “Só a luta muda!” Todas os direitos que possuímos foi fruto de muito protesto, de muita luta, muita GREVE, de muita gente que foi torturada, presa, exilada e até mesmo morta. Se alguém me apresentar uma única conquista que não adveio de tudo isso que relatei acima, então voltemos para as nossas salas de aula e esperemos alguém nos dar de presente os nossos direitos. Quero dizer também que é mentira o ditado que diz: “Quem espera sempre alcança!”. QUEM ESPERA NUNCA ALCANÇA!!!Alcança quem arregaça as mangas e vai à LUTA!!! Como diz a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL) “Todo governo é fruto das pressões populares!”
E por fim, quero terminar coma frase deste grande revolucionário: “... Que todo jovem militante seja essencialmente humano, que seja tão humano que se aproxime daquilo que há de melhor no homem por meio do trabalho, do estudo, do exercício de solidariedade contínua com o povo e com todos os povos do mundo, que desenvolva ao máximo a sensibilidade a ponto de se sentir angustiado quando um homem é assassinado em qualquer recanto do mundo, ou entusiasmado quando uma nova bandeira de liberdade se levanta em qualquer recanto do mundo, o que todo jovem militante capaz de fazer a revolução precisa é de estudo, trabalho e fuzil...”
(Che Guevara)

CLAUDIO ROBERTO DE JESUS
Diretório Acadêmico de Pedagogia - DAPed
Militante do Movimento Estudantil Unificado de Barreiras - MEU e do Campo Contraponto

terça-feira, 2 de junho de 2009

Homofóbico e com Orgulho

Deputado que assumiu vaga deixada por Clodovil faz discurso anti-gay e leva vaias
Por Redação



O deputado federal e coronel da PM Paes de Lira, do PTC de São Paulo, assumiu a vaga deixada por Clodovil depois de sua morte e discursou no 6º Seminário LGBT, na Câmara. Paes chamou os organizadores do evento de "segregacionistas" e foi vaiado pelo público que acompanhava o seminário. Ele não se acanhou e continuou seu discurso dizendo que vai liderar, "com orgulho", a lista de candidatos homofóbicos de São Paulo nas eleições de 2010.

Sim, ele assumiu uma postura anti-gay absolutamente homofóbica e ainda disse que tem orgulho disso.

Ficamos por aqui.

do site mix Brasil: http://mixbrasil.uol.com.br/mp/upload/noticia/4_62_72622.shtml

4 de junho: Dia estadual de paralisação em defesa das UEBA

O dia 4 de junho será um dia de paralisação das UEBA contra a política de contingenciamento do Governo Wagner. A ADUNEB irá realizar um ato pela manhã, às 7h, com o fechamento dos portões da UNEB. À tarde, às 14h, a ADUNEB, ADUSC, ADUSB e ADUFS organizarão uma aula pública na Governadoria para denunciar a suspensão de direitos através dos decretos 11.436/2009 e 11.480/2009 e exigir concurso público para professores e funcionários e a revogação da lei 7176/97.

A aula Pública será ministrada pelo Professor Daniel Romero (CEFET-BA), organizador do livro "Marx: sobre as crises econômicas do capitalismo" e ativista da Conlutas. Com o pretexto da “crise”, o governo sucateia as UEBA cortando recursos, ataca sua autonomia, suspende concursos e impede docentes e funcionários de terem acesso a direitos, como o de Alteração do Regime de Trabalho. Na lógica do governo petista de Jaques Wagner, o servidor público é que deve pagar a conta da crise econômica provocada pelo capitalismo.

Dessa forma, cortes em investimentos importantes, como Educação e saúde, são realizados, enquanto banqueiros e empresários recebem incentivos financeiros do governo.

Em resposta a essa situação de ataque aos direitos dos trabalhadores e às UEBA, o movimento docente das quatro universidades estaduais da Bahia irão realizar esse dia de paralisação. A mobilização unificada entre ADUNEB, ADUSC, ADUSB e ADUFS denunciará o discurso falacioso da “crise”. Há outras saídas que não implicam no sucateamento do Ensino Superior Baiano. De imediato, como afirma o Fórum das ADs em carta à comunidade, é necessário a construção de uma política econômica que fortaleça as políticas públicas e a recuperação de empregos e salários. A conta da crise não deve ser paga pelos professores e pela educação pública!

O dia de paralisação unificado foi aprovado na reunião do Fórum das ADs no dia 9 de maio, e referendado na assembléia da ADUNEB do dia 13 do mesmo mês. Na ocasião, a mobilização foi entendida como passo fundamental para denunciar o descaso do governo em relação á educação. Participe, juntos somos fortes!

Criminalização dos Movimentos Sociais




REITORIA DA USP E GOVERNO SERRA MANDAM POLÍCIA CONTRA A GREVE DE TRABALHADORES



Desde a madrugada de hoje, 01 de junho, nós, trabalhadores da USP, estamos sofrendo mais um ato de repressão inadmissível. A universidade amanheceu completamente sitiada pela polícia. Em cada unidade da universidade há pelo menos uma viatura, e em frente ao prédio da reitoria há uma concentração de dezenas de policiais. Os policiais estão com uma atitude provocativa frente aos trabalhadores, arrancando as faixas dos grevistas, buscando abertamente causar incidentes. Isso se dá justamente após a reitoria, apoiada pelo governo do estado, ter suspendido as negociações com os trabalhadores de maneira completamente arbitrária.



Nós, trabalhadores da USP estamos em greve desde o dia 5 de maio por aumento de salário, em defesa de 5 mil trabalhadores que tem seus postos de trabalho ameaçados, pelas demandas do hospital universitário, e outras pautas específicas, e pela reintegração de Claudionor Brandão, diretor do SINTUSP demitido. A demissão de Claudionor Brandão é produto da perseguição política aos trabalhadores e ao sindicato, protagonizada pela reitoria e pelo governo Serra. Trata-se de uma política marcada pela prática anti-sindical e anti-democrática que abre um gravíssimo precedente para todos os trabalhadores brasileiros. Não podemos permitir que os trabalhadores da USP e sua legítima mobilização em defesa da democracia na universidade sofram esta coerção policial.



Chamamos todos os meios de comunicação, ativistas dos direitos humanos, sindicatos, organizações políticas, estudantes e integrantes dos movimentos sociais a se unirem a nós e impedirem esta ofensiva, que é parte da escandalosa criminalização dos movimentos sociais, prática que tem se generalizado pelo país. Chamamos todos a enviarem moções de repudio para a reitoria da USP, exigindo a retirada imediata dos efetivos policiais, e a se concentrarem na frente da reitoria, e cercar de solidariedade os trabalhadores da USP em greve há 27 dias.



Claudionor Brandão

Comando de Greve da USP