sábado, 22 de outubro de 2011

Fim da Ocupação da FAPEX não é o fim da luta na UFBA!


CARTA ABERTA – 21 de Outubro de 2011
 
Nós, estudantes em mobilização hoje decidimos desocupar a área física da FAPEX – Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Extensão, após três dias de ocupação. Entendemos que este prédio foi um espaço central para pressionar a administração no sentido de atender nossas pautas. Nossas mobilizações das ultimas seis semanas, foram vitoriosas, pois deram conta de mostrar a nossa universidade seus problemas e apontar soluções para o conjunto de setores que a compõe – estudantes, servidores técnico administrativos, professores, terceirizados e comunidade.
 
Dia 20 de outubro de 2011, o Conselho Universitário – órgão que congrega estes setores – foi chamado a discutir a pauta única de Assistência Estudantil, como exigido pelo nosso movimento. Alcançamos diversas conquistas de pautas, e o mais importante, conseguimos garantir o comprometimento não só da administração central como de toda a universidade, que através de seus representantes reafirmaram a importância de nossos pleitos para a construção de uma universidade mais democrática e comprometida com os interesses da sociedade que a construímos.
Conseguimos aprovar, entre outras pautas:
 
Apoio da UFBa pelos 10% do PIB pra Educação Pública!

BUZUFBA Gratuito!

Restaurantes Universitários Nos Campi do Canela e São Lázaro!

Plano de Acessibilidade
 
Esses pontos e todos os outros serão discutidos e encaminhados numa comissão PARITÁRIA dos conselheiros que apresentará resoluções num outro CONSUNI dia 25 de Novembro. As reuniões dessa comissão são ABERTAS e contamos com a presença de tod@s!
 
Saímos dessa ocupação com o sentimento de que é preciso nos manter em luta para garantirmos que nossas pautas sejam atendidas na integra – as 37 listadas em nossa carta de reivindicações. Nesse sentido convocamos estudantes, professores, técnicos e toda a comunidade a continuarem em luta, dentro e fora da institucionalidade. Chamamos os estudantes para desenvolver em cada unidade ou espaço de convivência um debate cada vez mais qualificado sobre a importância da mobilização estudantil, pois só através dela poderemos alcançar nossos objetivos.
 
Esperamos tod@s na luta! Qualquer duvida entrem no nosso perfil do FACEBOOK – MOBILIZA UFBA!
Saudações estudantis,
 
 
 
Movimento Estudantil da UFBA
Centros e Diretórios Acadêmicos da UFBA
Diretório Central dos Estudantes da UFBA

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Empresários da educação elogiam programas do governo e pedem mais

Reunidos no 13° Fórum Nacional do Ensino Superior Privado, empresários e representantes de mantenedoras se somaram à direção majoritária da UNE e defendem a ampliação das políticas de financiamento, como Programa Universidade para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Para eles, o aprofundamento deste modelo é fundamental para a garantia de seus lucros, já que nos últimos anos houve uma redução do ritmo de crescimento das matrículas. 

Fábio Nassif

Mais de 400 empresários e representantes de mantenedoras se reuniram nos dias 29 e 30 no 13° Fórum Nacional do Ensino Superior Privado para debater as perspectivas do setor no próximo período. Entre autoelogios e críticas ao movimento estudantil chileno, eles chegaram a um consenso: bom para eles, mesmo, é a ampliação das políticas de financiamento, como Programa Universidade para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).

O encontro de gala, num hotel localizado perto da avenida Paulista, exibiu as cifras do bem-sucedido setor, que só em 2009 teve um faturamento de R$ 29 bilhões. Nos discursos, estava o reconhecimento do grande momento vivido pela educação privada depois da aprovação da Lei de Diretrizes e Bases, em 1996, durante governo de Fernando Henrique Cardoso.

A expansão das matrículas foi impulsionada posteriormente por programas como o Fies, do governo Lula. Por esse programa, o estudante das instituições privadas paga sua matrícula depois de se formar. O Estado brasileiro é o seu fiador.

O fato de o governo ter assumido todos os riscos do financiamento educacional é elogiado pelos empresários. Na opinião deles, o aprofundamento deste modelo é fundamental para a garantia de seus lucros, já que nos últimos anos houve uma redução do ritmo de crescimento das matrículas.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Uma nova educação?


Fora de foco

No último dia 21 de setembro a Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado Federal aprovou o Projeto de Lei 518 de 2009, de autoria do Senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que prevê a transferência da gestão do ensino superior público do Ministério da Educação (MEC) para o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

Caso seja aprovado nas demais Comissões que irá tramitar no Senado (Comissões de Educação, Cultura e Esporte e, Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) e pela Câmara dos Deputados, o MEC passaria a cuidar apenas dos assuntos relativos aos ensinos fundamental e médio, transformando-se no Ministério da Educação de Base.

E qual o argumento principal para da proposta? A educação básica no país estaria regalada a um segundo plano na estrutura organizacional do governo federal. E isso aconteceria por que o ensino superior atrairia mais atenção e recursos pela sua capacidade de articulação política, assim como pela proximidade do meio acadêmico com o alto escalão da União.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Nota pública do coletivo de paralisação #PARALISARPARAMOBILIZAR

Diante das decisões divulgadas pelo reitor da UFRB no dia 26 de Setembro de 2011, deliberamos e entendemos que devemos uma explicação a sociedade e não somente a universidade.

O primeiro ponto refere-se à formação da mesa de negociação e da câmera Inter setorial. Nesta nota publica, a reitoria avalia que somente estas ações seriam necessárias para a plena comunicação. Esquece-se esta que, a multicampia, um sistema herdado da ditadura militar, onde os campi foram descentralizados serviam apenas para desarticular ideias importantes. Além disso, esta mesma reitoria esqueceu também que os estudante da UFRB ainda estão se organizando.

No entanto, para alçar uma discussão foi preciso que embasássemo-nos com documentação necessária para apurar as irregularidades dos campi de Cruz das Almas, Cachoeira, Santo Antônio de Jesus e Amargosa. Ainda neste ponto a reitoria nos acusa de causar “prejuízos” administrativos, financeiros, sociais e acadêmicos.

Contudo, avaliamos que o prejuízo maior quem sofre é a sociedade que deposita regularmente pagamentos via impostos e não sabe no que este dinheiro é aplicado. Prejuízo será formar profissionais sem qualificação colocando em risco essa mesma sociedade que não terá o retorno desejado.

A segunda questão colocada pelo reitor sobre a “ideia fixa” de falarmos somente da PROPAAE, não é descabida. Mesmo sendo pouco mais de 10% da população estudantil da UFRB a usufruir dos benefícios, entendemos a importância e a necessidade dessas politicas afirmativas e o quanto elas precisam ser ampliadas, visto que 70% dos estudantes da UFRB são originários das classes C, D e E, e aproximadamente 80% do corpo estudantil se declara afrodescendente. O que nos espanta é a reitoria utilizar a PROPAAE como manobra de retaliação para com este movimento. O Coletivo insiste em reafirmar que as dependências administrativas necessárias para efetivar os benefícios devem e podem executar suas atividades.